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Museu Americano de História Natural aposta na tecnologia de projeção para comemorar o pouso na lua



A corrida espacial permitiu grandes avanços tecnológicos, sendo uma delas a primeira missão tripulada à lua, que comemorou no dia 20 de julho de 2019, 50 anos de uma das conquistas mais importantes da humanidade, encerrando um ciclo de uma guerra fria entre as duas potências mundiais da época, Estados Unidos e União Soviética.


Sem essa conquista do homem à lua, jamais teríamos desenvolvido tecnologias que possibilitaram esse avanço tão bem-sucedido na época, graças a inovações que foram incorporadas a equipamentos que contribuíram para essa missão, tais como:


Foguete

O projeto Apollo 11 desenvolveu um método chamado rendez-vous (que em português significa encontro), uma inovação para a época, possibilitando que o foguete Saturn V ficasse consideravelmente mais leve, consumindo menos combustível que o normal. 


Era um foguete com 111 metros de altura, dividido em três partes, sendo que apenas uma delas tocava o solo da lua, deixando as demais pelo caminho. Ao entrar no espaço lunar, o módulo de pouso se separava para iniciar o pouso da nave em solo, conhecido como alunissagem, deixando os demais fragmentos da nave em órbita. Ao completar a missão, o módulo de pouso decolava e encontrava a nave principal, que retornava para a terra com a tripulação e equipamentos. Esse projeto foi testado por anos nas missões Apollo anteriores.


Computador

Não muito mais potente que uma calculadora, o computador utilizado na chegada do homem à lua possuía uma memória RAM de até 2.048 palavras, o que não significa nada para os padrões atuais, um armazenamento não volátil de aproximadamente 36 mil palavras e um processador com cerca de 1 MHz. Mas mesmo com tão pouco, ele tinha capacidade de operar várias tarefas para até oito ações diferentes e simultâneas.


Vale destacar que o módulo de comando e o módulo lunar também possuíam computadores, com funcionalidades que permitiam sua interação mesmo se o contato com a Terra fosse perdido.


Câmeras

Para o sucesso da missão, talvez elas não fossem tão importantes, mas para o registro do acontecimento, foram essenciais. Era necessário que as câmeras fossem de fácil manuseio, mas com uma retratação de imagem precisa, por isso, suas lentes foram feitas exclusivamente para o momento.


A Zeiss (uma das principais fabricantes de sistema ópticos e opto eletrônicos do mundo, fundada em Jena, Alemanha, em 1846, pelo oftalmologista Carl Zeiss), foi nomeada pela NASA para desenvolver a lente, uma Biogon 5.6 / 60. Seu processo de fabricação e projeção precisou ser acelerado para que desse tempo de fazer parte do projeto Apollo 11, e utilizando um mainframe foi possível calcular os parâmetros em poucas semanas, substituindo o processo manual, que seria muito mais demorado. 


Os astronautas receberam treinamento para saber como utilizar as câmeras no espaço, um modelo Reseau, que deixava uma grade de pequenas cruzes com objetivo de corrigir deformações, recuperando as proporções originais da imagem. Vale ressaltar, também, que eles tinham uma pequena vantagem no qual a grande maioria dos fotógrafos não têm: como as condições climáticas da lua não mudam, era possível saber a luminosidade certa do local, permitindo que as câmeras já fossem com as configurações previamente definidas.


Já são 50 anos que o homem chegou à Lua pela primeira vez, e os benefícios que essa conquista trouxe são fundamentais para a humanidade até os dias atuais.


Tecnologia de projeção

Para relembrar uma das maiores conquistas da humanidade, o Museu Americano de História Natural (AMNH) está apresentando um grande avanço para a tecnologia de projeção. No dia 20 de julho de 2019, o museu de New York recebeu a Space Fest com uma variedade de eventos para celebrar essa conquista e sua exploração do espaço.


O evento apresentou simulações em 3D construídas com softwares de visualização Open Space ou espaço, uma tecnologia que usa dados da missão da NASA para reproduzir a trajetória de voo que levou os astronautas da Apollo 11 até a lua.

Os visitantes foram levados até uma superfície lunar perfeitamente detalhada e renderizada com fotos de satélite em alta resolução dos locais de pouso, com uma riqueza de detalhes, incluindo as sombras da base da sonda e as pegadas do astronauta no solo lunar.


Essa exploração pelo espaço parece real, graças ao sistema de projeção que aumenta drasticamente a dinâmica de iluminação entre os corpos celestes iluminados e a escuridão do vazio. Essa linha de projetores, conhecida como Eclipse, foi desenvolvida em parceria com o Planetário Hayden (planetário público localizado em Manhattan, parte do Rose Center for Earth and Space do Museu Americano de História Natural, desde 2015), em um ambiente totalmente leve, com uma tela que pode chegar a um contraste de 20.000.000 : 1 , o que resulta em uma contraposição bem mais dinâmica.


O encerramento do evento contou com uma apresentação de simulações da missão lunar no recém renovado Hayden Planetarium, com seis projetores a laser Christie Eclipse RGB desenvolvidos nessa parceria. A cúpula Hayden, que passou por um upgrade, está equipada com um sistema de projeção de alta faixa dinâmica, sendo o primeiro do seu modelo em um planetário em qualquer lugar do mundo.

A taxa de contraste dos projetores mais simples passou de 7.000: 1 para mais de 1.000.000: 1, o que significa que os visitantes puderam ver cenas do universo como nunca antes.


De acordo com Larry Paul, diretor executivo de tecnologia e soluções personalizadas, empresa e entretenimento da Christie, agora que os projetores já estão instalados, o museu procura desenvolver um conteúdo HDR específico para o sistema de projeção, e a ideia é que essas apresentações ocorram em janeiro de 2020.


Imagem de projeção

Os projetores são equipamentos que utilizam tecnologias avançadas para projetar imagens, sendo as mais comuns de achar as LCD (do inglês Liquid Cristal Display ou Display de Cristal Líquido) e o DLP (do inglês Digital Light Processing ou Processamento Digital de Luz). No mercado, existem os dois tipos, sendo os modelos mais conhecidos, o Sony VLP-ES5 e o Epson PowerLite S5+ de projeção LCD, e o Benq MP511+ de projeção DLP.


Falando especificamente do sistema de imagem de projeção utilizado nos programas do planetário Hayden, uma característica fundamental é a capacidade de transmissão com um projetor Zeiss Mark IX Star, e um sistema de projeção digital dome, que permite cores mais vibrantes, traduzindo em uma visibilidade melhor e super-realista dos planetas, aglomerados estrelas, nebulosas e galáxias. Ele é capaz de projetar cores de 10 bits, o que representa um grande salto tecnológico, com maior profundidade de cor e gradientes mais suaves e naturais, oferecendo aos visitantes uma visão mais detalhada e real do universo, baseado em milhões de observações astronômicas, conhecido como o Atlas do Universo Digital.


Este mapa do cosmos é mantido por uma equipe de cientistas e especialistas em visualização e projeção do museu e contam com a colaboração de colegas da área, principalmente da NASA. O Atlas do Universo também fornece a base para espetáculos espaciais no museu, que são exibidos no Teatro Espacial.

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