Em tempos de isolamento social e impedimentos de qualquer tipo de aglomeração devido à pandemia de COVID-19, atividades culturais foram suspensas no mundo todo. Não há mais teatros, shows em bares, exposições, festivais de música. Isso colocou em cheque toda a cadeia de produção que depende ativamente dessas atividades e, além disso, mostrou uma verdade fundamental que se eternizou nas palavras do mestre Ferreira Gullar: “a arte existe porque a vida não basta”. Nós precisamos sim de arte e cultura para lidar com nossos sentimentos, expectativas, frustrações, amores e perdas.
Nesse cenário, a tecnologia provou ser um aliado enorme se usada com responsabilidade e propósito. Diversas redes sociais já contavam com a ferramenta de transmissão ao vivo para seus usuários e o distanciamento social fez a demanda e oferta de lives só crescer. Artistas grandes ou pequenos, consagrados ou em busca de reconhecimento, pessoas com influência mundial ou local estão utilizando as ferramentas do Facebook, Instagram e YouTube para atingir seu público, conquistar novos seguidores, ajudar instituições e criar arte em uma das maiores crises pela qual a humanidade já passou. Mas como fazer isso com qualidade e segurança?
Segurança sempre em primeiro lugar
Tenha em mente que quanto mais pessoas terem contato umas com as outras, maior a possibilidade de contágio e transmissão silenciosa do vírus. E quanto menor o espaço no qual elas estiverem as chances de transmissão também aumentam. Portanto, considere sempre fazer lives com equipes extremamente reduzidas, somente com o básico, para proteger as pessoas e familiares de quem trabalhará na transmissão.
É fundamental que no ambiente haja uma área para desinfecção das pessoas que vierem da rua e também dos equipamentos utilizados. As pessoas da equipe precisam trocar seus calçados e roupas, além de tomarem um banho. Você pode limpar os equipamentos com álcool em gel 70% e depois passar os produtos de limpeza indicados para cada um deles.
Outro ponto importantíssimo é o uso de máscaras que devem ser trocadas a cada duas horas. Mesmo quem for ficar na frente das câmeras deve utilizar a máscara antes e depois da live acontecer. Deixe também frascos de álcool em gel espalhados pelo ambiente para desinfecção constante das mãos e evite tocar o rosto.
O principal é ter bom senso e montar uma equipe extremamente reduzida. É perfeitamente possível ter uma live de qualidade somente com duas pessoas e vamos te mostrar como!
ATEM Mini – O Switcher compacto da Blackmagic
Ter um switcher compacto e super intuitivo nunca foi tão oportuno, seja você um criador de conteúdo, artista ou produtor audiovisual. O ATEM Mini da Blackmagic é perfeito para produzir lives de muita qualidade e somente com duas pessoas no ambiente: o artista e o “operador” da live.
A mesa de corte possui quatro entradas HDMI para câmeras, duas entradas 3,5mm para microfone, além de uma saída HDMI e outra USB, que pode ser conectada a qualquer computador como uma simples webcam.
Através desses recursos é possível criar diversos cenários para produzir uma excelente live:
Cenário 1 – duas câmeras: o mais comum quando há duas câmeras disponíveis para a live é deixar uma equipada com uma lente mais aberta, talvez do tipo grande-angular, para captar todo o cenário. A outra pode estar com uma lente zoom mais fechada, captando um plano como o rosto do artista ou algum detalhe importante. Dessa forma, a live já ganha uma dinâmica maior, com o operador realizando os cortes e transições entre as câmeras no ATEM Mini.
Cenário 2 – três câmeras: com essa configuração é possível ter uma produção incrível e somente com duas pessoas no ambiente. Você pode utilizar a mesma configuração anterior, com uma câmera frontal captando todo o cenário, outra mais fechada no rosto do artista e outra num plano ¾, gravando detalhes dos instrumentos tocados.
Cenário 3 – apenas uma câmera: dessa forma as possibilidades de cortes e dinâmica na live ficam um pouco comprometidas, mas ainda há certas coisas a se fazer. Caso a câmera seja a Blackmagic Pocket Cinema 4K ou 6K, é possível controlar diversas configurações a partir do ATEM software control, inclusive o zoom. Além disso, é possível redimensionar a imagem e alterar a escala do vídeo na tela em tempo real com os recursos de DVE.
Além de dar dinâmica para a transmissão, a mesa de corte da Blackmagic é extremamente intuitiva e não há mistério para configurar ou operar. Basta conectar os cabos HDMI nas câmeras ao switcher e apertar os botões numerados de 1 a 4 para escolher qual fonte de vídeo será passada na transmissão. Você também pode escolher se os cortes serão feitos de maneira seca, ao selecionar a opção “CUT” ou deixar uma transição suave, empurrar ou encolher, por meio da opção “AUTO”. A duração das transições também pode ser escolhida por meio de botões, que vão de 0.5 segundos a 2.0 segundos.
Ainda é possível adicionar dois microfones na sua live! Que tal um para captar o som ambiente ou violão, e outro para a voz do artista? Ambas as entradas são estéreo e possuem botões para nivelar o volume do áudio captado, além de ser possível mixar em tempo real no Fairlight.
Outro recurso importante que o operador da live pode utilizar no ATEM Mini é a chave de croma. Imagine montar um fundo de chroma-key em sua própria sala de estar e usar inúmeros recursos gráficos na transmissão! O chaveador tem controles precisos para bordas e reflexos. Você também pode gerar arquivos gráficos para títulos, vinhetas e lower-thirds em tempo real, por meio do plug-in que conecta o software ao Photoshop.
O ATEM Mini é incrível e tem diversos recursos que tornam possível produzir uma live com qualidade e segurança em tempos de distanciamento social. Uma pessoa consegue configurar e operar perfeitamente, diminuindo assim aglomerações e as chances de disseminação silenciosa do vírus.
Gostou das dicas? O cuidado nesses tempos é super importante. Acompanhe o blog e conheça mais sobre as possibilidades de produção com Blackmagicdesign.